anunciar tabela de preços enviar notícia
rede social :: login
Águas que cantam
São João da Boa Vista|cultura|06/10 09:26|362 visualizações
Há algo de mais divino quando a música habita um espaço sagrado. E é nesse breve milagre, onde fé e arte se encontram, que o vivente é abraçado por refrigérios da alma.

A Mantiqueira parecia conter a respiração quando a missa das seis terminou, sob as bênçãos do padre Alex.

O sol tinha acabado de se recolher atrás da serra, e as águas de Águas da Prata corriam mais mansas, como se também se preparassem para ouvir.

No altar, a Orquestra de Câmara Vereda Cultural - nove músicos: quatro violinos, uma viola, um violoncelo, um contrabaixo, uma flauta e um piano - abriu o programa com delicadeza barroca. De Sammartini a Mozart, passando por Handel, Bach, Vivaldi, Shostakovich e Strauss, a música subiu pelas colunas da Matriz como incenso de vibrações.

Houve momentos de leveza, outros intensos, e todos de beleza. Quando o último acorde silenciou, o público se pôs em pé, reverenciando os artistas, extasiado com as notas, embriagado pela epifania instrumental.

Como é bom estar num ambiente que respira arte, com gente que faz, gosta e incentiva a arte.
 
 

Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
compartinharenviar informaçõesenviar foto comentar

Comentar usando as Redes Sociais

Comentar esta notícia

comentário

(500 caracteres)

nome completo
cidade

























Veja também
Últimas NotíciasRecadosClassificados ParabrisaAnuncie AgoraVenda de Garagem