Comecei o texto falando do Dia das Mães e, não sei por qual motivo (sei sim), enveredei a falar de Luiza, mãezinha querida que jamais nos abandona.


Não deve ter gostado da condução do enredo, pois, depois de meia lauda, apertei algum botão errado (ou ela o certo) e tudo foi rio abaixo. Tentei os recursos das setinhas para trás, para restaurar o que na tela estava, mas nada. Paciência, não era para ser aquele, vai este. Não que enverede pelo mesmo caminho, não senhores. Se se perdeu, era para ser perdido, não choro.


Daqui a pouco rumarei para Americana, SP, onde reside meu filho, e vamos almoçar em um restaurante previamente agendado. Não faça a reserva antecipada para ver o que acontece. O mundo sai, neste dia, em busca de restaurantes. Mães de todas as idades carregando (ou carregadas por) sua prole.


No ano passado, levamos um susto. Restaurante com arquitetura fina, à beira de uma bem cuidada represa, na cidade de Holambra, orlada com flores multicoloridas, como era de se esperar, chegamos e as reservas estavam esgotadas há meses. Se quiséssemos esperar, do lado de fora, um confortável ambiente nos aguardava.


Deixamos o nome na lista, rezando pela desistência de alguém, e ficamos a contemplar a paisagem em um dia repleto de sol. Bebericamos e provamos acepipes até sermos chamados. Demos sorte, muita sorte. Sem reserva, fomos presenteados, sem demora, com um dos melhores pontos: de frente para o lago. Hoje, precavidos, deixamos tudo certo no ambiente que escolhemos. Mas, e se chover? Questionei. Nossa mesa fica no ambiente externo. Remanejarão, disse minha filha.
Ótimo!


Agora, como o texto está quase no fim e não houve nenhuma outra intercorrência, acredito que minha mãe está satisfeita. Se ela me permitir, conto só uma historinha de pescaria, de quando ela e meu pai tentavam armar uma rede no rio Machado, em Minas Gerais.


Como o trabalho não avançava, em virtude de a rede sempre pender para um lugar inadequado, meu pai, impaciente, disse-lhe que, se acaso ela caísse na água, iria procurá-la rio acima, de tão teimosa que era. Qual a surpresa da D. Luiza ao ver o Dr. Luiz pisando na ponta da rede, motivo pelo qual não conseguiam arremessá-la.


Não contarei a sua reação no momento. Mas contávamos esta e outras deliciosas histórias em encontros ao redor daquela imensa mesa, em sua casa, em Águas da Prata. Saudades!
 
Feliz Dia das Mães,
 
 
Fernando Dezena