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Do Cafofo do Dezena - Crônica Viva: Cuidado, Gatinho
Águas da Prata|cultura|26/07 17:34|157 visualizações
Semana passado, a trabalho, entrei em terras paraguaias.
 
Não fui ganhar o pão no exterior. Nada disso. Neste mister, fiquei em Umuarama. Daí, anda-se apenas cem quilômetros para cruzar o rio Paraná, entrar no Mato Grosso do Sul, virar à esquerda, e chegar à perdição das compras: Salto del Guairá. Um shopping aqui, outro ali, mas o que mais me chamou a atenção é o China.
 
Enorme, com todos os produtos que se possa imaginar, organizados em atraentes seções: preços módicos. Bebidas de uma forma geral são em conta, eletrônicos e perfumes também, roupas não. Fiz o que pude para economizar, mas pegamos artigos de que não precisamos. Por exemplo: a tentação para comprar um equipamento novinho de pesca. Quando estava avaliando, lembrei-me de que, na cidade de São Paulo, temos poucas oportunidades para o esporte. Certa vez, um governador prometeu despoluir o rio Pinheiros. Não me arrisco a molhar a minhoca nele. No rio, entenda-se bem.
 
Garrafas de vinho, trouxe embora não seja um consumidor contumaz. Como um bom brasileiro, aprecio a minha gelada acompanhada de um belisco. Com o friozinho prometendo para a semana, não custa dar uma saboreada no DV Catena Malbec Malbec. Quem sabe o álcool me inspire. É que ando acabrunhado com a poesia.
 
Não surge nada de novo, e o fato, embora preocupe, não é grave. Já aconteceu outras vezes. Só uma fase. Ocorre que estou prestes a lançar um novo livro, aguardo o prefácio do amigo (juro que não estou cobrando), e sempre nessa fase dá uma secura criativa.
 
Deixo a poesia em paz e olho, novamente, para o Paraguai. Da Mooca lá, são quase mil quilômetros. Pois bem, fui eu e a Elaine, amiga de trabalho, responsável pela Baixada Santista. Para rodar tanto tempo de carro, não há assunto que chegue. Conto um fato para avaliarem as elaborações cerebrais.
 
Quando passava por Maringá, depois de dois cachorros, vi um gato mortinho no acostamento. Imaginei: quantas vezes o gato atravessou ileso a estrada? Eureca! Descobri a resposta. Perguntei à Elaine:
-Responda-me uma coisa, Elaine. Se o gato morreu na estrada, quantas vezes ele a atravessou?
 
Pensou, respondeu e acertou!
 
Viram como um passeio ao Paraguai nos traz à imaginação fatos inusitados?
 
E você, quantas vezes o gato atravessou a estrada? Quanto ao rombo no cartão de crédito, depois dá-se um jeito.
 
Fernando Dezena
 
 
 
São Paulo, SP, 28 de julho de 2024.
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