Do Cafofo do Dezena - Crônica Viva - Pet Canino


É a moda, todos precisam ter um de estimação. Ouvi dizer que a maneira mais fácil de fazer amigos é arrumar um cachorro, colocá-lo no carro e levá-lo para passear domingo no Ibirapuera. Não precisa nem ter bom papo. Primeiro os animais abanam o rabo, se cheiram e ficam amigos. Você pode começar a conversa com um bom dia, falar do tempo, perguntar qualquer coisa que a empatia flui.
Têm alguns inconvenientes, sei. Criações, além do trabalho, dão muitos gastos. Certa vez, quando morava em Indaiatuba, meus filhos pequenos, comprei dois canários do reino. Um para cada. O da Letícia cantava sem dar tréguas, o do Lucas, calado. Depois, descobrimos tratar-se de um casal. Colocamos juntos, criaram tanto que não sabíamos onde enfiar todos os pássaros. Para complicar, veio a carga de piolhos, tive de pedir socorro ao Luti, meu irmão, para resolver o problema. No final das contas, doamos os canários para uma cuidadora.
Não, não, gato não. Sei lá, parece-me que eles não gostam da gente. Ficam no seu canto observando. Não correm abanando o rabo quando chegamos da rua, nem gostam de ficar deitados próximos aos nossos pés durante o futebol. Por isso, comecei a crônica com o pet-canino. De preferência, já castrado e vacinado. Se alguém souber de algum, pode me chamar inbox.
 
Fernando Dezena
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