Marcelino Palomo e o objeto suspeito
Empolgado pra conhecer a Basílica de São Pedro, o turista Marcelino Palomo, como homem precavido que é, abasteceu sua mochila com água, protetor solar e outros penduricalhos para enfrentar o calor romano deste fim de primavera.
O aparato de segurança do Papa Francisco é rigoroso. Mochilas e bolsas são verificadas minuciosamente por raio-x.
Marcelino, o menino afável da Dona Glaudys, foi o último do grupo a passar pela revista do Vaticano. As mulheres passaram primeiro e, praticamente abandonando-nos, saíram em disparada rumo ao monumental templo católico. Eu, logo à frente do parça de viagem, caminhava lentamente esperando ser alcançado pelo saltitante Marcelino quando ouvi uma voz trêmula clamando: &lsquosocorro, Lauro!&rsquo.
 
Voltei rápido e estupefato fiquei com a suspeição levantada do conteúdo da mochila de Marcelino. Diante da fúria investigativa da Guarda Suíça Pontifícia, ele tentou argumentar com seu razoável arsenal retórico italiano: &lsquocarbonara, zucchero, puttanesca, gelato, fermata e matriciana&rsquo. Estas foram algumas das palavras proferidas pelo acuado Marcelino aos insensíveis vigilantes da Santa Sé. Em vão. Um objeto metálico e pontiagudo, segundo os policiais, colocava o doce sanjoanense no rol de potenciais terroristas.
Depois de um longo tira e põe de objetos na bolsa suspeita, mistério desfeito e Marcelino retorna à lista dos fiéis de paz. O precavido amigo, sabe-se lá a razão, pensou que precisaria preencher formulários na Cidade Eterna. Para tanto, muniu-se de uma metálica e pontiaguda CANETA.
Nota do autor: com levíssimos temperos ficcionais, a crônica registra com 99% de exatidão o, digamos assim, incidente.
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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Marcelino, o menino afável da Dona Glaudys, foi o último do grupo a passar pela revista do Vaticano. As mulheres passaram primeiro e, praticamente abandonando-nos, saíram em disparada rumo ao monumental templo católico. Eu, logo à frente do parça de viagem, caminhava lentamente esperando ser alcançado pelo saltitante Marcelino quando ouvi uma voz trêmula clamando: &lsquosocorro, Lauro!&rsquo.
 
Voltei rápido e estupefato fiquei com a suspeição levantada do conteúdo da mochila de Marcelino. Diante da fúria investigativa da Guarda Suíça Pontifícia, ele tentou argumentar com seu razoável arsenal retórico italiano: &lsquocarbonara, zucchero, puttanesca, gelato, fermata e matriciana&rsquo. Estas foram algumas das palavras proferidas pelo acuado Marcelino aos insensíveis vigilantes da Santa Sé. Em vão. Um objeto metálico e pontiagudo, segundo os policiais, colocava o doce sanjoanense no rol de potenciais terroristas.
Depois de um longo tira e põe de objetos na bolsa suspeita, mistério desfeito e Marcelino retorna à lista dos fiéis de paz. O precavido amigo, sabe-se lá a razão, pensou que precisaria preencher formulários na Cidade Eterna. Para tanto, muniu-se de uma metálica e pontiaguda CANETA.
Nota do autor: com levíssimos temperos ficcionais, a crônica registra com 99% de exatidão o, digamos assim, incidente.
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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João Fernando
São Joao
16/11 13:29
Sensacional Lauro.
Marcelo é mesmo um sujeito nota 10 e sua pior arma só poderia ser uma caneta